José Boto admite falha em contratação de Mikey Johnston pelo Flamengo: “Talvez não houvesse esse burburinho”
- 23/12/2025
Tendo contrato até o final de dezembro, mas em conversas avançadas por renovação, o diretor de futebol do Flamengo José Boto falou sobre vários assuntos importantes para 2026 em entrevista ao podcast “No Princípio Era a Bola”, do jornal Tribunal Expresso, de Portugal.
Em conversa realizada nesta segunda (22), ele falou abertamente sobre as dificuldades e objetivos pensando na próxima temporada, além de dar uma alfinetada no Palmeiras em relação à utilização das categorias de base. Ainda mais, Boto também vê grande dor de cabeça já no início do novo ano.
“A grande preocupação que tenho é a quantidade de férias que os jogadores vão ter para que eles limpem a cabeça. Temos tudo planejado para que o elenco seja melhor. Nunca existe um plantel perfeito, há sempre coisas a ajustar, mesmo quando achamos que está ótimo“, disse.
Boto admite erro em negociação com irlandês
Na janela do meio de ano, antes das chegadas de Samuel Lino, Carrascal e Emerson Royal, o Flamengo ficou muito próximo de acertar a contratação do atacante Mikey Johnston, que joga no West Bromwich, da segunda divisão da Inglaterra. Depois de ter passagem comprada, o Fla voltou atrás e não fechou a negociação.
Na entrevista, Boto admite falha. “Foi um caso que, talvez meu erro tenha sido de timing. Se eu o tivesse trazido no meio das contratações mais tsunamis, talvez não houvesse esse burburinho. Mas é um caso que a pressão da mídia acabou por influenciar na decisão do presidente. Houve mais casos que a pressão externa tentou entrar, mas foi a única vez que ele cedeu a essa pressão“, disse.

“Se eu dissesse assim: ‘Vou buscar o Nuno Mendes no Sporting, aos 18 anos, e pagar 75 milhões’, era impossível. Eles querem nomes. Essa questão de trazer jogadores jovens, desconhecidos e depois ganhar bem com eles no Brasil… É ganhar no imediato para os jornais“, completou Boto.
Vai chegar reforço no Flamengo?
Ao abordar sobre negociações, o diretor português admitiu preocupação com o fator “pressão” e a ideia de trazer nomes da Europa. “Há também uma ideia de trazer uma cultura mais europeia para dentro do clube. E tendo essas referências que temos hoje, Danilo, Jorginho, Alex Sandro, que são referências da forma como encaram a profissão, acaba por influenciar todos os outros“, comentou.
“Se são jogadores que vão tremer no Maracanã, se tu chegas com uma imprensa negativa, dizendo que não é jogador para o Flamengo… Tem que ser muito forte mentalmente“, completou ao falar sobre o estilo de contratações para a próxima temporada.







