Luiz Henrique exalta Artur Jorge em meio a farpas com Textor: “Nos adversários já batia o medo”
- 14/06/2025
Declaração surge em meio a tensão nos bastidores
Em meio a uma troca de farpas entre Artur Jorge e John Textor, uma fala de Luiz Henrique jogou ainda mais luz sobre os bastidores do vitorioso Botafogo de 2024. Durante entrevista ao podcast Podpah, o atacante, hoje no Zenit, da Rússia, fez questão de destacar o papel crucial do treinador português na reconstrução emocional e técnica do elenco alvinegro após o traumático vice-campeonato do Brasileirão em 2023.
A fala do jogador foi vista como um gesto de apoio a Artur Jorge, justamente no momento em que o treinador está envolvido em uma polêmica pública com o dono da SAF do Botafogo. Em entrevista recente ao GE, Artur afirmou que poderia ter permanecido no clube, mas a falta de acordo financeiro acabou sendo um dos fatores que motivaram sua saída. Em resposta, Textor não economizou nas palavras: “Se não quer que a verdade seja dita, então pare de falar.”
Luiz Henrique não poupou elogios ao ex-comandante, atualmente no Al-Rayyan, do Catar. O atacante destacou a postura firme de Artur Jorge nos treinamentos e sua capacidade de manter o grupo focado e blindado de interferências externas, um ponto que teria sido essencial para as conquistas da Libertadores e do Brasileirão Betano no ano passado.
“A gente tinha um treinador excelente. Ele blindou muito o nosso grupo. É muito pica! Muito pica. Esse cara ajudou demais. Nos treinos, era sério ao extremo. Já tomei muito esporro com ele, porque brincava na hora errada. E português é rígido”, relembrou o atacante, aos risos, ao citar momentos de cobrança do técnico.
Grupo fechado e clima de Seleção
Segundo Luiz Henrique, Artur também sabia equilibrar seriedade com motivação. Após os treinos, era comum vê-lo conversando com os jogadores sobre Seleção Brasileira, incentivando nomes como Luiz Henrique e Igor Jesus a manterem o foco e o alto nível para serem lembrados nas convocações.
“Ele tinha muito cuidado com a gente. Incentivava direto: “Sejam sérios, vocês estão na cara da Seleção”. Era um cara que sabia o momento de cobrar e de apoiar”, completou o atacante.
Botafogo virou “fortaleza” e impunha respeito
Luiz Henrique ainda revelou detalhes sobre a rotina do elenco em 2024. Segundo ele, os treinos eram altamente restritos, com acesso limitado a pessoas externas e sem registros de imagens, justamente para proteger o grupo de pressões e ruídos. Esse ambiente controlado, de acordo com o jogador, foi determinante para transformar o Botafogo em uma verdadeira fortaleza.
“A gente era muito blindado. As provocações sobre 2023 chegavam, mas nosso grupo era muito fechado. Entrava em campo e jogava um pelo outro. Os adversários já entravam com medo. Era tipo o Flamengo de 2019“, destacou, reforçando como o Glorioso se tornou respeitado e temido durante a campanha.
