Palmeiras sofre com táticas que não encaixam, e Abel vê plano desandar diante do Vitória
- 19/11/2025
Início com três zagueiros não funciona
As escolhas de Abel Ferreira para enfrentar o Vitória, no Allianz Parque, acabaram não surtindo o efeito desejado. O treinador iniciou a partida com uma formação de três zagueiros, com Bruno Fuchs podendo cair pelo lado direito. No entanto, o setor perdeu profundidade e tornou o Palmeiras previsível. Alain até tentou algumas jogadas, mas sem grande impacto ofensivo.
No meio-campo, a tentativa de dar mais organização com Raphael Veiga atuando mais recuado ao lado de Andreas Pereira também não funcionou. A construção ficou lenta e pouco criativa, deixando o time preso à marcação adversária. Mauricio, escalado para dar mobilidade, teve atuação discreta e não conseguiu romper as linhas do Vitória. O resultado foi um ataque desarticulado e sem inspiração.
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O Palmeiras encontrou dificuldades para oferecer perigo real e viu sua estratégia ruir ainda na primeira etapa. Apesar de controlar a posse e buscar aproximações, faltou intensidade, velocidade e tomada de decisão na zona mais aguda. O Vitória, bem postado, bloqueou os espaços e conseguiu anular a maior parte das tentativas do time paulista.
Mudanças no intervalo melhoram, mas não resolvem
Na volta do intervalo, Abel promoveu alterações para tentar ajustar o funcionamento ofensivo. O técnico desfez o esquema de três zagueiros e colocou Felipe Anderson na vaga de Mikael, buscando criatividade entre as linhas. A equipe ganhou um pouco mais de fluidez, mas ainda esbarrava na forte compactação do Vitória. A movimentação melhorou, mas não foi o suficiente para transformar o domínio em chances claras.
Logo depois, o treinador também acionou Vitor Roque para formar dupla com Flaco López, retirando Bruno Rodrigues, uma das novidades do ataque. A intenção era aumentar a presença na área e explorar mais profundidade. As trocas surtiram algum efeito imediato, com o Palmeiras avançando suas linhas e pressionando mais o adversário. Mesmo assim, o problema de criação persistiu.

Abel ainda tentou mudar o rumo do jogo com novas alterações no meio-campo. A entrada de Aníbal Moreno abriu caminho para que Andreas atuasse mais adiantado, buscando clareza nos passes decisivos. Porém, o time continuou travado, encontrando muita dificuldade para superar o bloco defensivo montado pelo Vitória. A equipe insistiu, mas esbarrou na falta de ideias e na forte marcação.
Pressão final não basta
Nos minutos finais, o Palmeiras foi para o tudo ou nada, tentando empurrar o Vitória para o próprio campo na base da insistência. A equipe rondou a área adversária, acumulou cruzamentos e tentou acelerar as jogadas sempre que possível. Mas a retranca rival, bem preparada e aplicada com rigor, impediu que o time criasse oportunidades claras.
Abel ainda buscou incentivar seus jogadores à beira do campo, mas ficou evidente que a estratégia inicial dificultou a fluidez do jogo. O Palmeiras terminou a partida com mais volume do que qualidade, mostrando que as escolhas táticas e a execução não caminharam juntas. A frustração foi perceptível, especialmente pela dificuldade de transformar pressão territorial em efetividade.







